sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Escutas do "Casa Pia" - IV

CD 10 – Pista 5

“(…) A.S. – Diga-me lá uma coisa, ó Orlando, ela é boa, ou não é boa?...
O.R. – (risadas)
A.S. – Aqui, a equipa da investigação às vezes até me diz que queria era apanhá-la aqui, a partir das 2 da matina, quando a gente baixa as luzes, é só uma nuvem de tabaco nesta sala, um gajo (sic.) sente-se mais liberto… (risadas) Quer ouvir aqui o que o Inspector XXXX pensa dela?... Espere aí, que eu vou passar o telefone (sons inaudíveis)… Ouviu o que ele disse?... (risadas)
O.R. – (risadas)
A.S. – Infelizmente, temos de andar a trabalhar nesses processos dos ranhosos… O que eu queria mesmo, mas não ponha aí as fontes, era tê-la de perna aberta, em cima da secretária, eu ajoelhado… (risadas). Bom, adiante…
O.R. – Mas diga-me, como se explica o súbito interesse dela neste processo?...
A.S. – Oiça, Orlando, você vê-me aquela gaja (sic.)… só chichinha (risadas) e pensa: esta gaja (sic.) já fez muita coisa. Até o Capitão Roby tinha passado por ali. Conclusão: parece que um dia começou a tentar “fazer” gajos (sic.) que ainda não tinha feito. E começou, umas vezes, a dar de conas (sic.) com… como é que eu lhe hei-de explicar… é assim: ela dava os sinais todos e os gajos não respondiam… (risadas) Lembro-me de a ver, toda deitada no banco para trás, saia para cima, a fumar, de janela aberta, à porta do “Independente”… (risadas)… Tá a ver a cena, não está?... Népia (sic.) … Tardes inteiras naquilo, népia (sic.) …
O.R. – Mas podiam ser só paneleiros amigos do Portas (sic.)…
A.S. – Pois podiam, mas a gaja (sic.) começou a desconfiar que não era só isso, porque os gajos (sic.) não só não olhavam para ela como só tinham reacções era quando viam uma mãe com a criança pela mão, ou ao colo. Havia um, muito conhecido aí da televisão, que mal via um puto de calçõezinhos e bibe, começava logo a jogar bilhar de bolso (sic.) Vai daí, a gaja (sic.) começou a perceber que aquilo era um mundo. Aliás, eram três mundos: os gajos que comiam gajas, os gajos que comiam gajos, e os gajos que comiam criancinhas. E estes últimos tinham muito mais poder do que todos os outros juntos. Um poder universal. Foi aí que ela entrou em depressão, porque só tinha acesso a um terço do Mundo, o que é manifestamente pouco, nesta Aldeia Global.
O.R. – E?...
A.S. – E foi aí que começou a investigação: eu não fodo (sic.) mas vocês também não "há-dem" (sic.) foder (sic.)
O.R. – Obrigado pela sua explicação. Já sabe que isto vai sair no “Correio da Manhã”…
A.S. – Sim, já desconfiava, mas, por favor, não ponha as fontes. Diga só que ouviu dizer por aí.
(fim da gravação)
Neste blogue praticam-se a Liberdade de Pensamento e Expressão próprios das Sociedades Avançadas

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