sexta-feira, 14 de setembro de 2007

As gravações com Pedro Strecht - "Caso Casa Pia"

"[...] O.L. – Dr. Pedro Strecht, fala o Orlando, do “Correio da Manhã”…

P.S. – Ora, como está? À procura de mais material?...

O.L. – Sempre.

P.S. – Então… (pausa) Isto não está a ser gravado, pois não?...

O.L.- Oh, Dr., por quem é, eu era lá capaz de uma coisa dessas…

P.S. – Então, olhe, escreva aí: nós cá, no gabinete, estamos convencidos de que a matriz de Portugal é fundamentalmente pedófila.

O.L. – Isso quer dizer… todos?...

P.S. – Exactamente: todos. Desde os homens das obras, que assobiam, dos andaimes, às pré-adolescentes, pré-mamalhudas, tri-repetentes, da Cova da Moura, que vêm do 8º Ano, com os livrinhos debaixo do braço, e lhes dizem, “és boa, papava-te toda…”, às famílias que vivem na barraca e dormem todas na mesma cama, “ó Maria, a cona que eu comi esta noite era tua, ou a da nossa filha?”. “Bem, se foi a minha, já não me lembro…”.”Bem me parecia que tinha sido a da miúda: estava tão apertadinha…”, aos padrinhos que sentam os afilhados no colo, para lhes darem explicações dos Trabalhos de Casa, e acabam com as mãos nas braguilhas, aos machões das brenhas que se viram para a juíza e dizem, “ó Srª, Doutora Juíza, a filha é minha, não acha que sou eu que tenho todo o direito de a “estrear”?...”, e, “the last but not the least”, os seminários e confessionários, onde a pessoa ajoelha primeiro e só muito mais tarde é que percebe que afinal o ajoelhar era outro… E até lhe dou mais um exemplo, bem recente, lembra-se do Zé Maria, do “Big Brother”?

O.L. – Sim…

P.S. – Também já se tentou matar, isso tudo derivado a ter sido sexualmente iniciado por uma cinquenta e muitona, que o pôs a trabalhar com a linguinha, logo aos 13 anos.

O.L. – Quer então dizer...

P.S. – Quero dizer que a Pedofilia, pura e simplesmente, devia ser liberalizada. Devia haver como na Droga, salas de pedófilos, a par de salas de chuto.

O.L. – Mesmo no Caso da Casa Pia?...

P.S. – Repare, o Caso da Casa Pia é um caso pioneiro, em Portugal. Na base, enfim, na matriz sócio-familiar, nós tínhamos alguns jovens que estavam impedidos de ser pedofilizados dentro da própria família, por uma razão muito simples… eles não tinham família!... É então que o Estado, e alguns privados...

O.L.. – Está a pensar em C**los C**z?...

P.S.. – Exactamente, nesse -- entre outros -- é então que o Estado e alguns particulares decidem intervir directamente, e facultar a esses jovens essa iniciação de que estavam privados… Uma espécie de Roteiro para a Inclusão, mas numa área muito específica.

O.L. – Então, do seu ponto de vista...

P.S. – Do meu ponto de vista, estamos perante um caso em que, pela primeira vez, os políticos se preocuparam directamente com as necessidades dos cidadãos, se aproximaram deles, e exerceram algo muito próximo da Democracia Directa... Em que o tecido empresarial mostrou o seu dinamismo, e iinsuflou energias na Sociedade Civil. Desse ponto de vista, que é, aliás, o da minha equipa, deveríamos cada vez menos falar de molduras penais e cada vez mais de condecorações.

O.L. – O Embaixador Ritto, por exemplo, foi condecorado.

P.S. – E justamente. E foi condecorado entre outros nomes do nosso arquivo de pedófilos. O 10 de Junho é sempre um momento alto para isso. Todavia, consideramos que a quota de condecorações ainda está muito abaixo do que deveria ser...

O.L. – Em termos de números?...

P.S. – Digamos que nos próximos 5 anos deveríamos apontar para um aumento de 250% de condecorados, de novos comendadores, ou “cu-mendadores”, se preferir (risadas). O Dr. Vítor Constâncio está a trabalhar directamente nesses indicadores, aliás, com o apoio da O.C.D.E., através do Dr. Ferro Rodrigues.

O.L. (risadas).

P.S. – Mais alguma coisa?

O.L. – Como acompanhante, durante vários anos, dos jovens da Casa Pia, por quê um seu silêncio, tão prolongado, e só agora quebrado?...

P.S. – (pausa) Repare… eu comecei a pronunciar-me justamente no momento em que os políticos deixaram de poder exercer essa proximidade, a família... enfim, continuava a não haver, logo… (pausa) estávamos, vamos a ver se nos entendemos… estávamos perante uma espécie de vazio pedo-social.

O.L. – Vou-lhe agora fazer uma pergunta… espinhosa… Da sua pedo-experiência (pausa)… Devo dizer pedo, ou “peido”-psiquiatria?...

P.S. – Esteja à vontade… (risadas)

O.L. – Bom, da sua peido-experiência, acha que há alguns traços fisonómicos que permitam ao cidadão comum reconhecer um pedófilo?...

P.S. – (pausa) … (pausa)… (pausa)… Isso é muito difícil, já que quase todos são pedófilos… (pausa)… deixe-me cá ver… Olhe, por exemplo, o pedófilo típico deve ter um ar angélico, tipo anjinho sapudo, de quem não quebra um prato

O.L. – Quer avançar algum nome?...

P.S. – Eu não (risadas) Mas acho que você, mentalmente, já o avançou.

O.L.- (risadas)… Eeheheheh… Estamos os dois a pensar no mesmo...

P.S. – Pois estamos…, pois estamos… (risadas).

O.L. – Mas deixe-me que lhe diga uma coisa: olhe que você até se parece com esse político… a mesma pele de nádega, mas em magrito...

P.S. – (risadas) Olhe…, (pausa) eu vou mesmo desligar, que já percebi que você hoje está numa de me chatear. Abraços!..."

(fim de gravação)

Neste blogue praticam-se a Liberdade de Pensamento e Expressão próprios das Sociedades Avançadas

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